Todo coach que se preze já falou em autoconhecimento alguma vez na vida. Se você já teve o desprevilégio de encontrar um na rua ou nas redes sociais, certamente já ouviu falar sobre esse tal de autoconhecimento.
Mas afinal, o que é isso? Qual a sua importância? Por onde começar esse processo?
Ao longo dessa semana, (esse é o nosso primeiro post no blog!!) vamos discutir a relação entre autoconhecimento, inteligência emocional e autocontrole, entender como esses itens interferem na sua vida profissional e falaremos também sobre dicas práticas para desenvolver o autoconhecimento. Apertem os cintos porque a jornada do Carreira sem Frescuras oficialmente começou!
O que é o Autoconhecimento?
O autoconhecimento é um termo utilizado na psicologia para descrever a capacidade que temos de entender nossa personalidade, o que nos motiva, nossas emoções e sentimentos. Além disso, o autoconhecimento é fundamental para respondermos uma pergunta beeem complexa: “Quem sou eu?”.
Se essa pergunta te deixou assim, ótimo! Você está no lugar certo para aprender os passos para te ajudar a chegar nessa resposta
Ter uma compreensão profunda de quem você é possibilita lidar com situações e emoções diversas que impactam diretamente na forma como você se relaciona com as pessoas e o com o mundo à sua volta. Ao investir nisso, as chances de sucesso na vida pessoal e profissional serão ainda maiores, pois você conseguirá interpretar os sinais que sua mente lhe dá previamente, o que o ajudará a tomar atitudes que impeçam comportamentos destrutivos, que impactam a sensação de bem-estar e felicidade.
Autoconhecimento e Inteligência emocional
Para entendermos a relação entre a inteligência emocional e o autoconhecimento, é preciso saber sua definição e a origem de utilização desse termo. Esse é um dos raros momentos em que vamos falar sério do assunto, então se liga 🧐
Por definição, inteligência emocional é a capacidade que um indivíduo tem de entender seus sentimentos e os dos outros, competência para processá-los e habilidade para gerenciá-los.
Falar sobre inteligência emocional tem sido corriqueiro nos dias de hoje. No entanto, muitas pessoas não sabem realmente qual é a origem dessa expressão. Em meados dos anos 90, um professor da universidade de Yale chamado Salovey, juntamente à um estudante de pós-doutorado chamado Mayer, tentaram explicar em um livro o conceito de inteligência emocional e como ela afeta o relacionamento dos seres humanos. Esses dois pesquisadores publicaram juntos vários artigos sobre esse tema.
Por mais que o modelo definido por eles não abranja tudo que sabemos hoje sobre inteligência emocional, podemos utilizar as suas definições para entender a origem do conceito, que foi revolucionário na época, e identificar as influências que o autoconhecimento tem sobre ela.
Segundo Salovey e Mayer, a inteligência emocional é:
"...a capacidade de perceber e exprimir a emoção, assimilá-la ao pensamento, compreender e raciocinar com ela, e saber regulá-la em si próprio e nos outros." (Salovey & Mayer, 2000).
Os autores definiram também 4 pilares principais para a inteligência emocional. Veja a seguir:
Percepção das emoções – O indivíduo que possui essa habilidade, consegue identificar facilmente sentimentos por estímulos como a voz ou a expressão facial de outra pessoa. Isso o ajuda a entender variações do estado emocional.
Uso das emoções – A capacidade do indivíduo em empregar as informações provenientes das emoções que sente para facilitar o pensamento e o raciocínio.
Entender emoções - Habilidade que o indivíduo tem de captar variações emocionais, que nem sempre são evidentes.
Controle (e transformação) da emoção – Aptidão para lidar com os sentimentos fortes.
Podemos dizer então que a inteligência emocional influencia diretamente as nossas relações interpessoais. Por conseguinte, está atrelada não somente à nossa vida pessoal, mas também ao nosso sucesso profissional.
Se imaginarmos um ambiente de trabalho, podemos identificar facilmente diversos níveis de relacionamento interpessoal, que exigem dos funcionários habilidades para lidar com pessoas diferentes, em situações diversas e, muitas vezes, com pontos de vista completamente opostos. A inteligência emocional se torna então a maior aliada nessas situações.
E onde entra o autoconhecimento em toda essa história? Bem, o processo de desenvolvimento de inteligência emocional requer um conhecimento profundo de si mesmo. Somente um bom nível de autoconhecimento possibilita interpretar as próprias emoções de maneira correta e lidar com elas da melhor forma possível. Para vocês terem uma ideia de como existe um déficit nessa área, somente 36% das pessoas conseguem entender e identificar as suas próprias emoções. Esse número é o resultado de um estudo realizado por Travis Bradberry e Jean Greaves, autores do livro “Inteligência Emocional 2.0”, da TalentSmart.
Entendendo os seus próprios sentimentos, o indivíduo começa a trilhar o caminho certo para algo importantíssimo na jornada para a inteligência emocional: o sentimento de empatia.
A empatia é a capacidade que um indivíduo tem de se colocar no lugar do outro, sentir suas emoções, entender suas dores, e assim, se compadecer do próximo.
Por que isso tudo é importante? Profissionais que conseguem atrelar o autoconhecimento com a inteligência emocional tem um melhor relacionamento com seus colegas de trabalho e tendem a ser mais bem sucedidos.
Vamos deixar um suspensesinho aqui. Relação entre Autoconhecimento e Autocontrole e Dicas práticas de como desenvolver seu Autoconhecimento no próximo post!