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Saiba tudo sobre a carreira de Comissário de Voo


No Profissões sem Frescuras de hoje, falamos com a Victória Fonseca, 28 anos, que nos contou um pouco sobre sua carreira como comissária de voo. Confere aí!



Qual a sua profissão? Comissário de bordo


Conta pra gente um pouco de quem você é, da sua história! Como uma boa sagitariana tudo o que eu mais queria era viajar muito, quanto mais lugares melhor. Eu sempre fui apaixonada por livros que falavam de culinária e cultura de outros países, meu sonho desde muito pequena sempre foi visitar o maior número de lugares possível. Aos 17 anos a gente não sabe muito bem como as coisas funcionam, então prestei vestibular na UFPE para turismo e fui aprovada. Durante o curso tive a oportunidade de fazer vários estágios e aprender outros idiomas, mas percebi também que trabalhando com gestão de turismo eu provavelmente não viajaria tanto quanto eu imaginava. Durante um estágio em um curso de inglês conheci um professor que tinha sido comissário nos Emirados Árabes e fiquei fascinada pelas histórias dele e resolvi que deveria ter essa experiência também.


Como você se descobriu nessa carreira? Quem te inspirou? Eu sempre tive muita curiosidade sobre a vida no Oriente Médio, então quando esse professor que trabalhava comigo falou que era possível viver em Dubai e ser pago para viajar pelo mundo, comecei a pesquisar sobre o processo seletivo, quais os requisitos, benefícios oferecidos pelas empresas e quais empresas contratavam brasileiros.


Em uma frase, o que na sua profissão te deixa assim?

"Tripulação, preparar para o pouso!"


Qual é o processo para iniciar uma trajetória como comissária? Para iniciar a vida de comissário de bordo no Brasil é necessário ter 18 anos completos, ter concluído o curso de formação em uma escola homologada pela ANAC e ter sido aprovado no exame da ANAC. Também é necessário tirar o CMA (certificado médico aeronáutico), que deve ser feito por clínicas autorizadas pela ANAC (as listas das clínicas podem ser encontradas no site da agência). Foi-se o tempo em que uma língua estrangeira era diferencial para uma vaga. Hoje em dia é obrigatório nível intermediário (B1 ou superior). No momento da inscrição para a vaga que é feito através do site da empresa há testes de inglês (ou espanhol, depende da descrição da vaga), português, interpretação de texto e geografia. Na entrevista presencial o nível de é avaliado novamente.


Para empresas no Oriente Médio é necessário ter 21 anos completos, só é exigido ensino médio completo, inglês avançado/fluente, não pode ter tatuagens visíveis enquanto usando os uniformes da empresa (há mais de um modelo, para ocasiões diferentes). Além disso há um teste de altura. Algumas empresas eliminam candidatos com menos de 1,60m. Outras exigem que os candidatos alcancem 2,12m (altura dos equipamentos de segurança) sem sapatos, mas pode ser na ponta do pé.


A primeira etapa do processo seletivo dessas empresas é on-line (todo em inglês). É necessário preencher um formulário, escrever uma redação e algumas empresas também exigem que seja enviado um vídeo de apresentação. Após ser aprovado nessa fase, a empresa envia o convite para a entrevista presencial. Eu moro em Recife e minha entrevista foi em São Paulo, eu tive que arcar com todas as despesas. A entrevista presencial consiste em dinâmicas de grupo, provas de inglês e matemática, redação (em inglês) e uma entrevista individual.


A grande vantagem de trabalhar nessas empresas do Oriente Médio é que após ser aprovado na entrevista, eles pagam todos os gastos com visto, hospedagem, passagem, e o principal, o curso de formação de comissário (são 7 semanas de curso intensivo na escola da empresa).


Como é o dia-a-dia de uma comissária? O bom e o ruim dessa profissão é que não existe rotina. Ao final de cada mês a escala de trabalho do mês seguinte é publicada, então todo mês é diferente. Existe um limite de horas de voo por mês que é seguido rigorosamente. Também existe um limite de horas diárias e folga entre os voos. Aqui no Brasil existem chaves de voos, então os comissários passam dias viajando juntos. Nas empresas do Oriente Médio cada voo tem uma tripulação diferente, porque a gente vai para um destino e volta para a base, nessa volta, trocamos de equipe, então é bem difícil fazer amizade e criar vínculos com os colegas. Raramente se voa mais de uma vez com um colega.


Em dois anos e meio nunca voei com a menina que dividia o apartamento comigo. O serviço de bordo aqui no Brasil é mais tranquilo, os comissários não servem refeições completas e não tem que preparar bebidas quentes, ou preparar drinks para os passageiros, como nas empresas do Oriente Médio. Na empresa que eu trabalhava era comum passar 7 horas sem conseguir sentar para comer, porque o trabalho é realmente muito puxado. Além do serviço de bordo os comissários são responsáveis pela segurança da aeronave e dos passageiros. Antes de entrar na aeronave temos uma reunião para discutir medidas de segurança e fazemos um pequeno quiz, para relembrar sobre os equipamentos.


Ao entrar na aeronave devemos garantir que todos os equipamentos estão no lugar certo, dentro da validade e na quantidade certa. Após o voo devemos fazer esse check de novo. Também temos um treinamento de primeiros-socorros, para socorrer os passageiros em caso de qualquer emergência a bordo.


Quais os principais desafios? A falta de rotina, mudança de fusos horários e trabalhar com pessoas. As pessoas se comportam de maneira absurda a 37,000 pés 😂


O que alguém precisa pra ser bem sucedido na Aviação? É preciso gostar muito de trabalhar com pessoas, ter muita empatia, paciência e ser muito comunicativo. É importante gostar de culturas diferentes e se aventurar a experimentar comidas novas. É importante também manter uma rotina de exercícios e hábitos de alimentação saudáveis, porque o trabalho exige muito fisicamente.


Quais habilidades você teve de desenvolver? A pontualidade foi uma das principais habilidades que eu desenvolvi. A empresa costumava dizer que “se você chegar no horário marcado você já está 10 minutos atrasado”. Além disso, ter empatia, me colocar no lugar do passageiro, nunca sabemos pelo que as pessoas estão passando, qual o propósito daquele voo.


Qual a dica de ouro que você tem pra quem quer começar na Aviação? Invista no aprendizado de línguas estrangeiras. Leia muito sobre a empresa, entenda os princípios e os requisitos da empresa. Não gaste dinheiro com cursos que não são requisitos para a vaga (existe uma infinidade de pessoas na internet querendo se aproveitar da falta de conhecimento dos outros). Se for se candidatar para uma vaga em outro país leia bastante sobre o lugar, cultura e alimentação, para não ter surpresas desagradáveis.


Gostou? Curte e compartilha com aquele amigo que quer fazer essa profissão!!

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